sábado, 9 de abril de 2011

Mar -2011

ASSOCIAÇÃO SANDUMONENSE EM DEFESA DOS ANIMAIS - ASDAN
CNPJ: 06.131.060/0001-20
ANO ADMINISTRATIVO 2011
PERÍODO- MARÇO 2011
MOVIMENTO DO CAIXA - MARÇO 2011

HISTÓRICO
ENTRADA
SAÍDA
SALDO
Saldo do mês anterior R$ 72,26
A.A.C.
R$ 5,00


R$ 77,26
A.S.
R$ 20,00


R$ 97,26
A.S.
R$ 5,00


R$ 102,26
A.S.P.
R$ 10,00


R$ 112,26
B.F.S.
R$ 10,00


R$ 122,26
B.P.
R$ 5,00


R$ 127,26
C.F.S.
R$ 100,00


R$ 227,26
C.N.M.
R$ 25,00


R$ 252,26
D.T.L.
R$ 10,00


R$ 262,26
E.A.S.
R$ 10,00


R$ 272,26
E.A.S.
R$ 15,00


R$ 287,26
E.C.F.
R$ 5,00


R$ 292,26
E.F.P.
R$ 10,00


R$ 302,26
E.F.P.
R$ 20,00


R$ 322,26
E.H.C.
R$ 20,00


R$ 342,26
E.M.
R$ 5,00


R$ 347,26
E.N.F.
R$ 5,00


R$ 352,26
E.P.M.
R$ 15,00


R$ 367,26
F.A.C.O.L.
R$ 5,00


R$ 372,26
F.R.
R$ 10,00


R$ 382,26
G.
R$ 5,00


R$ 387,26
G.R.
R$ 10,00


R$ 397,26
G.V.
R$ 136,00


R$ 533,26
H.F.A.
R$ 5,00


R$ 538,26
H.M.N.
R$ 10,00


R$ 548,26
H.N.
R$ 10,00


R$ 558,26
H.R.A.
R$ 10,00


R$ 568,26
I.
R$ 10,00


R$ 578,26
I.C.R.R.
R$ 5,00


R$ 583,26
I.O.
R$ 33,00


R$ 616,26
J.
R$ 5,00


R$ 621,26
J.O.G.
R$ 10,00


R$ 631,26
J.A.
R$ 5,00


R$ 636,26
J.A.P.
R$ 5,00


R$ 641,26
J.E.
R$ 5,00


R$ 646,26
J.G.
R$ 10,00


R$ 656,26
J.L.
R$ 10,00


R$ 666,26
J.M.B.
R$ 5,00


R$ 671,26
L.A.B.C.
R$ 10,00


R$ 681,26
L.B.A.
R$ 5,00


R$ 686,26
M.A.
R$ 10,00


R$ 696,26
M.A.C.F.P.
R$ 50,00


R$ 746,26
M.A.H.
R$ 5,00


R$ 751,26
M.B.R.L.
R$ 5,00


R$ 756,26
M.C.V.C.
R$ 5,00


R$ 761,26
M.F.O.
R$ 5,00


R$ 766,26
M.J.C.A.
R$ 5,00


R$ 771,26
M.L.D. I.P.
R$ 10,00


R$ 781,26
M.L.S.
R$ 20,00


R$ 801,26
M.M.D.G.
R$ 10,00


R$ 811,26
M.N.C.C.
R$ 20,00


R$ 831,26
M.R.C.
R$ 20,00


R$ 851,26
M.S.B.C.
R$ 5,00


R$ 856,26
N.E.L.
R$ 5,00


R$ 861,26
O.C.B.
R$ 10,00


R$ 871,26
P.L.C.P.
R$ 30,00


R$ 901,26
P.O.
R$ 50,00


R$ 951,26
R.C.F.
R$ 10,00


R$ 961,26
R.P.O.
R$ 10,00


R$ 971,26
S.B.C.
R$ 5,00


R$ 976,26
S.L.
R$ 5,00


R$ 981,26
S.S.H.O.
R$ 10,00


R$ 991,26
V.I.
R$ 100,00


R$ 1.091,26
V.R.F.
R$ 20,00


R$ 1.111,26
Z.R.
R$ 20,00


R$ 1.131,26
Agropecuária Boa Sorte ltda.


R$ 203,50
R$ 927,76
Drogaria Central Santos Dumont Ltda.


R$ 82,49
R$ 845,27
Kampalla Supermercados Ltda.


R$ 7,77
R$ 837,50
L.C.A.


R$ 218,50
R$ 619,00
Peduzzi Costa Comércio Ltda.


R$ 88,60
R$ 530,40
ROBERTO AUGUSTO ALBANESE DE CASTRO


R$ 300,00
R$ 230,40
S.A.P


R$ 30,00
R$ 200,40
S.A.P.A.


R$ 150,00
R$ 50,40
Sherazade


R$ 6,90
R$ 43,50
Supermercado Rei do Arroz Ltda.


R$ 5,98
R$ 37,52
Toca dos Bichos


R$ 35,00
R$ 2,52









Saldo em 31/03/2011 R$ 2,52



Doação de ração - 105 Kg

A.S.A. 10 KG
A.B.S. 15 KG
D. 25 KG
J.F.C. 25 KG
M.B. 15 KG
O.H.F. 15 KG


Relatório do mês


26 cães atendidos/protegidos (10 filhotes)

- um filhote morreu
- um cão adulto não resistiu aos ferimentos de atropelamento na BR-o40
- um cão adulto entregue ao seu dono (morador de rua), após atendimento


2 maritacas (linha enrolada na pata - as 2 perderam uma pata)
- Uma morreu e a outra foi libertada

sábado, 2 de abril de 2011

Rixa entre vizinhos: Homem corta órgão genital de cachorro

No local estavam quatro crianças que ficaram assustadas ao ver o homem fazendo tamanha maldade com o animal.

Um caso absurdo aconteceu em Porto Velho, na Avenida dos Imigrantes, bairro Aponiã.

Segundo informações do dono do animal, o vizinho tem uma rixa antiga. Há dois meses ele já teria colocado um cão da raça Pit Bull na sua casa para assustar os vizinhos e na tarde de ontem, ao chegar em casa, viu sua cadela cruzando como o referido cachorro.

Tomado de repentina insanidade, o homem apossou-se de uma faca e cortou o pênis do cachorro chamado de 'Totó'. No local estavam quatro crianças, que ficaram assustadas ao ver o homem fazendo tamanha maldade com o animal. Policiais foram acionados, mas não localizaram o acusado que fugiu após o crime. O dono do animal pede justiça. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Civil, onde o caso vai ser investigado.

sábado, 26 de março de 2011

O socorro chegou tarde!




Hoje, pela manhã, enquanto fazíamos a entrega de um cão adotado, recebemos um telefonema informando que havia um cão no trevo norte da cidade, em péssimas condições.

O cão foi encontrado dentro de uma manilha, nas obras do esgoto sanitário e, com dificuldade, os operários o retiraram do local.

Encontravasse com a pata traseira direita decepada, muito magro e completamente anêmico. Imaginamos que, ao ser atropelado, ele correu e se escondeu, para tentar se proteger. Não sabemos há quantos dias ele estava nesta situação, sem socorro, sem alimentação e sem água.

Quando chegamos ao local, ele comeu uma pequena quantia de carne moída, sendo retirado do local onde se encontrava. Durante o transporte para atendimento, veio a falecer.

O socorro chegou tarde!

Aprovada a subvenção para a ASDAN

A Câmara Municipal de Santos Dumont aprovou, na noite de segunda-feira (21), o projeto de lei nº 010/2011 que autoriza ao Executivo Municipal a conceder subvenção à ASDAN no exercício de 2011.Link
A negociação do Diretor-Presidente da entidade com o Prefeito Evandro Nery, para este repasse, iniciou-se no mês de setembro/2010, que se prontificou a efetuá-lo assim que fosse possível.

Foi solicitado de todos os vereadores, pelo Diretor de Finanças e Controle, a adição de uma Emenda ao projeto de lei orçamentária/2011 no valor de R$ 12.000,00, acordada com o Prefeito. Os vereadores autorizaram um valor de R$ 8.000,00.

Após sancionada a Lei Orçamentária e das idas e vindas à Prefeitura, o Prefeito enviou à Câmara o projeto que autoriza o repasse de até R$ 12.000,00.

Alguns vereadores, com a intenção de auxiliar a Entidade manifestaram o desejo de modificá-lo por constar a palavra "até", alegando que, caso fosse aprovado da maneira como estava, o repasse poderia ser de R$ 0,00 a R$ 12.000,00.

O Diretor de Finanças e Controle não aceitou nenhuma modificação, por confiar na palavra do Prefeito Evandro e também por saber que em projetos de lei que envolvem recursos públicos, os senhores vereadores não podem fazer modificações. Deveriam aprová-lo ou rejeitá-lo, da maneira como foi encaminhado pelo Prefeito, para evitar-se o veto.

Os vereadores atenderam à solicitação e o aprovaram, por unânimidade, sem nenhuma modificação.

Estamos aguardando a sanção da lei e a assinatura do Convênio que, com certeza, acontecerá o mais rápido possível.

Agradecemos ao Prefeito Evandro pela iniciativa e a todos os Vereadores pela sua aprovação sem nenhuma modificação.

Projeto de Lei nº 010/2011

Lei nº _______/2011

“Autoriza o Executivo Municipal a conceder subvenção social a Associação Sandumonense em Defesa dos Animais e contém outras providências.”

O Povo do Município de Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, por seus representantes na Câmara Municipal de Vereadores aprovou e, Eu, Prefeito Municipal, em seu nome, sanciono a seu seguinte Lei:

Art. 1º. Fica o Executivo Municipal autorizado a conceder subvenção social, no exercício de 2.011, a Entidade Associação Sandumonense em Defesa dos Animais, observada a disponibilidade orçamentária e não superior aos limites previstos no artigo 2° desta lei.

Art. 2º. O valor da subvenção, observadas as prescrições do artigo anterior, não poderá ser superior a R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Art. 3º. A subvenção social será concedida à Entidade objetivando o tratamento e cuidado dos animais no município de Santos Dumont.

Art. 4°. Os recursos de que trata esta Lei serão liberados de acordo com as disponibilidades financeiras do erário público e conforme dispuser o respectivo Convênio regulador.

Art. 5º. As despesas decorrentes desta lei correrão por conta de dotações consignadas no orçamento.

Art. 6º. Revogando-se as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da presente Lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém.

Registre-se e Publique- se,
Palácio Alberto Santos Dumont, Sede da Prefeitura Municipal de
Santos Dumont, ___ de ________ de 2.011

Evandro Nery
Prefeito Municipal

Ricardo Amadeu Boza
Diretor da Secretaria Municipal de Administração

JUSTIFICATIVA:
Exm.º Sr. Presidente:
Exm.º Srs. Vereadores:

Com os respeitosos cumprimentos deste Executivo tenho a honra de submeter à elevada consideração de V. Excias., o Projeto de Lei que dispõe sobre a concessão de subvenção social em favor da Associação Sandumonense em Defesa dos Animais - ASDAN.

Conforme se sabe, tem crescido de forma desordenada o número de animais soltos nas vias públicas do município, devido a isso, cabe ao Poder Público apoiar Entidades que fazem de seu empenho verdadeiro sacerdócio, como é o caso dos membros da Associação Sandumonense em Defesa dos Animais, visando minimizar o aumento dos animais em vias públicas.

Importante salientar que, grande parte deste aumento, se refere a cachorros, o número de cachorros soltos nas vias públicas do município tem crescido assustadoramente, e no caso, uma cadeia e seus descendentes podem gerar 64.000 filhotes com a castração de 20 cadelas, por exemplo, pode-se evitar o nascimento de, aproximadamente 1.280.000 filhotes no Município, nos próximos 6 anos, evitando-se que os mesmos permaneçam nas ruas do Município.

O presente Projeto de Lei, tem por objetivo apoiar Associação Sandumonense em Defesa dos Animais, que já vem fazendo este tipo de trabalho no Município, disponibilizando tratamento, castração, consultas, além de tratamento em animais doentes.

Procurou-se no Projeto contemplar o repasse dos valores e as condições para que este repasse ocorra.

A edição de Lei tão necessária é objetivo do presente Projeto de Lei que ora é submetido ao alto descortino de V. Excias.

Cordialmente

Evandro Nery
Prefeito Municipal

domingo, 13 de março de 2011

Um raro exemplo



Cuidamos e protegemos à distância de uma cadela, a qual denominamos "Poly", que como tantos outros bichos de rua vive sendo chutada e maltratada por pessoas cruéis que não aceitam que o mundo é para todos os seres, sejam eles racionais ou não.

Na manhã de hoje, a Poly foi atropelada na Rua Pedro Ribeiro e o motorista responsável pelo seu atropelamento, em uma atitude rara em nossa cidade, acompanhou a cadela para o atendimento veterinário, arcando com todas as despesas médicas e medicamentosas.




Como a Associação não tem um local disponível para abrigar estes casos de emergência, tivemos que contar com o apoio de uma protetora, que está com a casa repleta de animais para fazer o seu acompanhamento.

Depois da estadia em uma casa, sendo bem cuidada, ela perderá o hábito de transitar pelas ruas e precisará de um dono.

Não precisamos de local para "depositar" os animais abandonados pelas ruas da cidade por donos irresponsáveis, mas necessitamos, urgentemente, ter um lugar para as emergências que sempre acontecem.

Precisamos também de associados que colaborem, mensalmente, com uma pequena quantia (qualquer valor) ou ração e medicamentos, para continuarmos o nosso trabalho silencioso de castração das fêmeas de rua, tentando, assim, diminuir a população destes animais.

Caso alguém queira adotar a Poly ou colaborar com a nossa entidade, faça contato pelo nosso e-mail: asdan@asdan.org

Esperamos que as nossas autoridades fiquem sensibilizadas e nos ajudem, tanto na parte financeira quanto a encontrar este local.

sábado, 5 de março de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Visitando o filho na prisão

Uma senhora encontrou um leão ainda bebê em Cali, na Colômbia. Ela encontrou o felino mal alimentado e quase morto.

Tratou dele, mas... Ele cresceu! E cresceu muito!

Então, ele foi levado a um zoológico, mas a senhora o visita todos os dias.

Vejam a reação do leão quando a vê:



Autor desconhecido - Arquivo recebido por e-mail

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Prestação de Contas - Ano 2010

Receitas

A M. R$ 75,00
Ação entre amigos R$ 887,00
A.S.P. R$ 70,00
A.B.S. R$ 28,60
A.R.A. R$ 460,00
A.R.A. R$ 80,00
A.S. R$ 5,00
B.F.S. R$ 20,00
B.P. R$ 35,00
C.A.F. R$ 20,00
C. R$ 30,00
F.S.B. R$ 10,00
D.V.S. R$ 45,00
Doações anônimas R$ 80,00
E.C. R$ 3,00
E.S.M. R$ 45,00
E.A.S. R$ 15,00
E.P.M. R$ 30,00
E.M. R$ 65,00
E.F.P. R$ 420,00
F.C.P.C. R$ 15,00
F. R$ 40,00
F.A.C.O.L. R$ 45,00
G. R$ 25,00
H.M.N. R$ 70,00
H.N. R$ 70,00
H.F.A. R$ 10,00
I.O. R$ 82,00
I. R$ 10,00
J.E. R$ 25,00
J.A. R$ 40,00
J.G. R$ 20,00
J.F.C. R$ 210,00
J.M.B. R$ 20,00
J.F.D. R$ 80,00
J.O.G. R$ 60,00
L.B.A. R$ 60,00
L.P. R$ 50,00
M.M. R$ 35,00
M.S.G. R$ 100,00
M.R.C. R$ 80,00
M.A.H. R$ 25,00
M.A.C.F.P. R$ 450,14
M.B.R.L. R$ 5,00
M.L.D.I.P. R$ 90,00
M.J.C.A. R$ 35,00
M.J.R.S. R$ 120,00
M.M.D.G. R$ 100,00
M.L.S. R$ 20,00
M.A.R.L. R$ 70,00
M. R$ 10,00
N.E.L. R$ 20,00
N.C.F. R$ 40,00
O.B.S. R$ 30,00
O.C.B. R$ 60,00
C.F.S. R$ 750,00
P.J.S.C. R$ 27,00
P.V.M.R. R$ 150,00
P.L.C.P. R$ 310,00
G.H.C.M.A.H.S. R$ 432,30
R.P.O. R$ 10,00
R.C.F. R$ 90,00
S.S.H.O. R$ 10,00
S.C. R$ 29,00
JUROS BANCÁRIOS R$ 0,05
S.S.S.C.C. R$ 60,00
S. R$ 80,00
S.L. R$ 40,00
T.S.P. R$ 10,00
Venda de bolsas R$ 28,00
Venda de comedouros R$ 59,00
Z.R. R$ 80,00
TOTAL R$ 6.811,09


Despesas

Eventos:
  • bilhetes de rifa
Utensílios:
  • frasqueira, potes, maleta, cesto
Táxi

Gastos com limpeza:
  • material de limpeza, água, ajuda de custo
Procedimentos Veterinários:
  • castração (19), eutanásia (4), consultas (2), tratamento (4), quimioterapia (1), medicamentos pós-operatório, curativos
Manutenção e reparos:
  • peças hidráulicas, mão de obra, tela
Hospedagem de animais:
  • aluguel
Cama/cobertores:
  • cobertores (24)
Gastos com administração:
  • Registro de ata e estatuto, xerox, autenticações, material de secretaria, domínio do site, ajuda de custo (recebimento de contribuições)
Procedimentos diversos:
  • tecidos, ataduras (38), fita crepe (13), bolinhas (6), lenço umedecido (3 caixas), material de banho
Alimentação:
  • ração (707 kg), osso, carne, salsicha, fígado
Medicamentos:
  • antiinflamatórios, vermífugos, soro, anticoncepcionais, coleiras, remédios para náuseas, antipiréticos, analgésicos
Saldo - Ano 2009: R$ 1.823,81

Saldo para 2011: R$ 199,11

Contamos com o trabalho voluntário de um médico veterinário (consultas gratuitas), parceiros que fazem doação de ração e os serviços voluntários de alguns protetores.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Uma chance de viver

Próteses ajudam bichos amputados e servem como laboratório para humanos
Roberta de Abreu Lima

Animais que sofrem amputação de membros do corpo quase sempre são sacrificados – é a forma encontrada para evitar que tenham uma sobrevida de dor e sofrimento. A história dos animais nessa situação está mudando. O desenvolvimento de próteses feitas de material leve e flexível, aliado à descoberta de métodos mais eficientes para encaixá-las, dá novas perspectivas de vida aos bichos amputados. Mais importante que isso, oferece aos cientistas a oportunidade de estender seu campo de aplicação aos seres humanos. "O progresso na área de próteses veterinárias é hoje de extrema utilidade para o aperfeiçoamento dos modelos usados por pessoas", disse a VEJA o francês Denis Marcellin-Little, professor de medicina veterinária na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Devido às diferenças biológicas entre os bichos, cada caso de amputação é um novo desafio para os cientistas. Demorou um ano e meio para que um grupo de veterinários desenvolvesse uma prótese para a águia Beauty, encontrada num bosque do Alasca com parte do bico arrancada por um tiro e incapaz de se alimentar sozinha. Abrigada numa reserva para pássaros, Beauty recebeu na semana passada uma prótese de náilon colada no bico. Nos próximos meses, ela vai ganhar um modelo mais resistente, de titânio, que lhe proporcionará mais independência. Desenvolver uma prótese para um elefante, pode-se imaginar, é tarefa complexa. Tanto que a elefanta tailandesa Motala só ganhou um modelo – ainda provisório – seis anos após pisar numa mina terrestre e sofrer a amputação da pata dianteira esquerda. Feita de lona e serragem, a prótese pesa 10 quilos e é presa ao corpo por uma atadura. Os veterinários já estão trabalhando em um modelo mais leve, de fibra de vidro e silicone, para substituí-la.

Graças aos progressos no campo de próteses para animais, dois golfinhos voltaram a nadar recentemente. O japonês Fuji, que vive num aquário, perdeu 75% da cauda devido a uma doença desconhecida. Ganhou uma prótese de borracha, fixada com a ajuda de parafusos e de um reforço plástico. Já Winter, que vive no Aquário Clearwater Marine, na Flórida, perdeu a cauda inteira ao se machucar numa armadilha para caranguejos. Para encaixar sua prótese, foi necessário produzir uma espécie de gel especial para criar sucção entre o objeto e o corpo do animal. Funcionou tão bem que o produto foi recomendado para um soldado americano que sofria de infecções recorrentes no local de sua prótese. Deu certo.

A técnica mais promissora que está sendo testada em animais com vistas ao uso em humanos é a chamada integração óssea. O procedimento consiste em implantar uma placa de titânio na ponta do osso e nela encaixar a prótese. Dessa forma a conexão entre o corpo e a prótese fica mais firme e evita-se a dor causada pelo atrito, comum em modelos apenas encaixados. Alguns humanos já se submeteram a esse implante, mas verificou-se um alto risco de infecção nos ossos. Por enquanto, uma bateria de testes com a integração óssea está sendo feita em cães, com bons resultados. As próteses em animais são feitas de forma experimental. No futuro, com o aperfeiçoamento das técnicas e dos materiais usados, será possível recorrer ao veterinário da esquina para salvar o cachorrinho que foi atropelado e perdeu a pata.

Bico novo em folha
Fotos Young Kwak/AP

A águia Beauty como foi encontrada num bosque do Alasca, com parte do bico arrancada por um tiro, e depois da aplicação da prótese. À direita, pesquisadores americanos finalizam o implante

Acidente no campo
Erik S. Lesser/Getty Images
O cão Maulee, que vive na Geórgia, Estados Unidos: a pata, arrancada por uma ceifadeira de trigo, foi substituída por uma prótese de madeira e fibra de carbono

De volta à piscina
Fotos Yuriko Nakao/Reuters

O golfinho Fuji em seu lar, um aquário no Japão: prótese feita de borracha (no detalhe) substitui a cauda, perdida devido a uma doença desconhecida

Para pesos pesados
Wichai Trapw/AP

A elefanta tailandesa Motala: ela perdeu a pata ao pisar numa mina. Agora, voltou a andar com um implante feito de lona e serragem. Logo vai ganhar um de fibra de vidro e silicone

Reportagem da Revista Veja

Clique nas imagens para visualizar outras matérias sobre o mesmo assunto

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

COMUNICADO

Em atendimento ao pedido da ASDAN - Associação Sandumonense em Defesa do Animais, o projeto de lei nº 031/2010 que obriga castrações de cães no município foi arquivado pela Câmara Municipal de Santos Dumont, na noite deste dia 13.

O projeto, de autoria do Vereador Cláudio de Almeida, foi apresentado na Câmara Municipal no dia 16/08/2010 e permaneceu vistado pelo Vereador Afonso Ferreira e algumas vezes pela Vereadora Sandra Cabral, o que impedia a sua votação.

Na noite do dia 13/12, o Vereador Cláudio de Almeida solicitou que fosse retirado o pedido de vistas, momento em foi questionado pelo Vereador Afonso sobre o motivo desta solicitação. O Vereador Cláudio justificou que pediria o seu arquivamento, tendo sido aprovado por unânimidade pelo plenário.

Agradecemos ao empenho dos Vereadores Afonso e Sandra por terem travado a tramitação do projeto, ao Vereador Cláudio por ter pedido o seu arquivamento e ao plenário por tê-lo aprovado.

Agradecemos, mais uma vez, aos Vereadores Afonso e Cláudio por terem apresentado uma emenda de subvenção social para a ASDAN no orçamento de 2011, que foi aprovada por todos e aguardamos a sanção do Prefeito à LOA/2011, assim como a liberação do pagamento desta subvenção.

Sabemos que podemos contar com o apoio do Prefeito Evandro Nery, que é um protetor de todos os seres viventes: cidadãos e animais.

Santos Dumont, 14 de dezembro de 2010

A Diretoria

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vídeo

Este documentário que está no Youtube é correlato do livro de mesmo nome, da jornalista francesa Marie-Monique Robin, que trata das relações incestuosas entre a Monsanto e o FDA na aprovação dos transgênicos nos EUA, e em especial do Posilac - hormônio do crescimento bovino, proibido na União Européia e Canadá devido, entre outras coisas, ao aumento do fator IGF-1 - (Insulin-like Growth Factor One - Fator de Crescimento similar
à Insulina), comprovadamente (mais de 60 estudos no mundo) cancerígeno do útero, mama e próstata.




Mais sobre o tema:


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A APHA (Associação Americana de Saúde Pública, na sigla em inglês), a mais antiga e maior associação de profissionais de saúde pública do mundo e que representa 50 mil profissionais nos EUA, publicou uma declaração pedindo a proibição do uso do hormônio de crescimento bovino transgênico (rBGH, na sigla em inglês) na produção de leite e de outros hormônios sintéticos na produção de carne. Em 2008, a Associação de Enfermeiros dos EUA já havia divulgado uma posição oficial semelhante fazendo oposição ao rBGH, e o último presidente da Associação Médica dos EUA (AMA, em inglês) solicitou no último ano que todos os membros da associação servissem apenas leite sem rBGH em hospitais. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês) estima que mais de 42% dos grandes produtores de leite injetem o hormônio transgênico em suas vacas. Os hormônios sintéticos induzem as vacas a produzirem mais leite e o gado de corte a ganhar mais peso.
A resolução da APHA recomenda ainda que hospitais, escolas e outras instituições — especialmente as que servem alimentos para crianças — ofereçam somente alimentos produzidos sem estes hormônios. A resolução apóia também que os produtos contendo os hormônios sejam rotulados. O rBGH produz efeitos negativos na saúde de vacas leiteiras e o consumo de laticínios produzidos com o uso do hormônio pode aumentar o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer. O Canadá, a Austrália, Nova Zelândia, Japão e todos os 27 membros da União Europeia proibiram o uso do rBGH. O Codex Alimentarius, órgão das Nações Unidas sobre segurança dos alimentos, determinou duas vezes que não há consenso sobre a segurança do rBGH sobre a saúde humana.
Adaptado de: GMWatch, 23/12/2009. http://www.gmwatch.org/latest-listing/1-news-items/11815–american-public-health-association-opposes-gm-hormone
A resolução da APHA está disponível (em inglês) em: http://www.apha.org/advocacy/policy/policysearch/default.htm?id=1379
N.E.: No Brasil o uso do hormônio de crescimento bovino é autorizado. Dois produtos comerciais são vendidos aqui: o Lactotropin, da Elanco, e o Boostin, da Schering-Plough. Nenhuma das empresas informa que o produto é transgênico e o Ministério da Agricultura não fiscaliza seu uso. Saiba mais em Hormônio da polêmica.

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Mais sobre o mito do leite saudável:
Banco do planeta

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cães atropelados e as nossas ações

Na madrugada desta segunda-feira, uma cadela foi atropelada na Rua Afonso Pena e o seu atropelador, o motorista de uma van, com placa de aluguel, seguiu em frente, sem prestar o devido socorro ao animal.



Os veterinários da cidade foram contatados, Drª Alessandra e Dr. Roberto e atenderam ao chamado, sendo o atendimento foi feito pelo Dr. Roberto, por residir nas proximidades do acontecido. A Polícia Militar foi acionada, cumprindo o seu papel e lavrando um boletim da ocorrência.



A cadela foi sacrificada e o pagamento deste serviço foi efetuado por uma pessoa caridosa que sentiu na própria pele, a dor deste animal, que deixou filhotes, não sabemos onde e que também morrerão, se não forem encontrados.



Segundo a Lei nº 9.605, de 12/02/1998, praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é um crime com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa. E a pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer morte do animal.



É a revoltante a falta de responsabilização do dono do animal (se é que ele tem um dono) que deveria zelar pela segurança do bicho e dos outros, já que animais soltos nas ruas podem provocar acidentes.



Outra coisa nos chama a atenção: as pessoas lamentam a situação do animal, querem ajudar, mas evitam se envolver além do ato de pegar o telefone e pedir que alguém resolva a questão.



Claro que todos têm seus compromissos e não dispõe de recursos para sair salvando todos os animais atropelados na cidade, mas, às vezes, é uma ação simples: acolher o animal, garantir um abrigo melhor, com água e comida e uma higienização nos ferimentos, até achar um atendimento mais adequado.



A ASDAN - Associação Sandumonense em Defesa dos Animais procura fazer a sua parte, esterilizando as cadelas abandonadas nas ruas e realizando a adoção das mesmas. Na medida do possível, socorre animais atropelados ou doentes e alimenta alguns, mas, com os poucos recursos que consegue arrecadar de pessoas generosas, não consegue atender a todas as ocorrências da cidade.



Se até um cão, animal irracional, tenta salvar outro (Veja no Youtube), por que os seres humanos também não agem assim?



Se cada um adotasse apenas um animal e se responsabilizasse por ele, com certeza não teríamos essa situação.



Se cada um fizesse um pouquinho, poderíamos diminuir a agonia dos bichos soltos à própria sorte…

domingo, 31 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Reino Animal


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Em muitos momentos da vida de São Francisco, foram ressaltados o respeito ao meio ambiente. Por isso a Igreja Católica o elegeu Padroeiro da Ecologia, inserindo no calendário, a data de 4 de outubro, como o Dia dos Animais. Contudo, ainda podemos testemunhar crueldades contra os bichos e a tendência do homem de considerá-los seres inferiores, cujo único propósito na existência ser apenas servi-lo, continuando com a teoria antropocentrista, relutando em abandonar os benefícios que emergem do uso de animais para o consumo, pesquisa, divertimento e trabalho forçado. O animal não é algo inanimado, é um ser vivente e senciente, têm sua vida própria que é importante para eles independentemente da utilidade deles para nós. Eles não estão apenas no mundo, têm consciência disso. O que lhes acontece tem importância para eles. Cada um tem uma vida que pode ocorrer melhor ou pior. Essa vida inclui uma série de necessidades biológicas, individuais e sociais.

A satisfação dessas necessidades é uma fonte de prazer e a frustração ou abuso, uma fonte de sofrimento. E assim sendo, a ética do nosso relacionamento com os animais deve reconhecer os mesmos princípios morais fundamentais que se deve ter para com os seres humanos. No seu nível mais profundo, a ética humana é baseada no valor individual de cada indivíduo: o valor moral de qualquer ser humano não deve ser medido pela utilidade que um tenha para satisfazer o interesse de outro. Tratar seres humanos de maneira a não honrar o seu valor independente é violar o mais básico dos direitos humanos, ou seja, o direito de cada pessoa ser tratada com respeito. Por conseguinte, todos os seres, independentemente de sua espécie, raça ou sexo, devem ser respeitados. As mulheres não existem para servir os homens, os negros para servir aos brancos, os pobres para servir aos ricos, os fracos para servir os fortes, assim como os animais ditos irracionais não existem para servir ao homem. Conscientizar as pessoas que os animais também são seres que sentem e sofrem, é o nosso principal objetivo nesse dia que lhes é consagrado.
Geuza Leitão
Presidente da União Internacional Protetora dos Animais - Uipa

domingo, 3 de outubro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Um exemplo de vida

Não lembro quando começou o meu amor pelos animais, em especial por cachorros. Mas me recordo que, durante a adolescência, em Ponta Grossa, Paraná, minha mãe recolhia cachorros atropelados e, muitas vezes, eu e ela levantávamos de madrugada para lhes dar analgésicos.

Já casada, certa vez, vi um cachorro entrando num ônibus em frente à minha casa. Achei que estava tendo alucinações, mas minha filha garantiu que ele entrara mesmo. Peguei meu carro e o seguimos. E vimos quando o cãozinho desceu. A partir daquele dia, Bob (assim minha filha o batizou) passou a ser o nosso cão "especial" e o orgulho de todos: o cachorro que andava de ônibus.

Ele também era a paixão de muitos motoristas da empresa de transporte coletivo, que o apelidaram carinhosamente de Marmita.

Depois de um ano, Bob morreu, atropelado, ironicamente, por um ônibus. Chorei desesperadamente durante uma semana. Então, uma amiga que fazia parte do Grupo Fauna (uma ONG protetora de animais da minha cidade) perguntou se eu não queria cuidar do Gandhi, um cãozinho de pelo castanho, de olhos e orelhas grandes, que havia sido atropelado e perdera parte da pata esquerda. Seu dono se recusara a custear o tratamento e pedira a um veterinário que o sacrificasse.

É claro que o Dr. Álvaro não concordou, e dias depois lá estava Gandhi em minha casa sob protestos do meu marido. Por um mês cuidei da sua pata, que necrosou e precisou ser amputada. Isso ocorreu em junho de 1999. Gandhi, que não era adepto da "não violência", continuou fugindo quando via o portão aberto, correndo atrás de tudo o que tivesse rodas, atropelando cachorros e brigando com as pessoas. Mas passou a ser nosso xodó. Por onde passava, chamava a atenção: "olha o cachorro de três patas!"

Infelizmente, em maio de 2006, um vizinho irresponsável passou por cima dele em frente à minha casa e destruiu sua pata dianteira direita. Foi terrível, meu filho gritava desesperadamente e conseguiu retirá-lo das rodas do carro que saiu em disparada. Nas noites seguintes, meu filho e eu dormíamos no sofá da sala, acariciando a cabecinha do Gandhi e lhe dando analgésicos, trocando seus curativos e o paparicando.

Gandhi se restabeleceu e passou a ser a atração da minha casa. Um dos canais locais de TV veio fazer uma reportagem sobre o cãozinho que não tinha braços. Passamos a ser, Gandhi e eu, conhecidos na cidade. Algumas pessoas o chamavam de "canguru", pois ele passou a andar em pé, pulando nas patas traseiras ou andando quase encostando o peitinho no chão (fizemos uma prótese para ele, mas não houve adaptação). Ele é um exemplo de coragem e determinação, e nos faz refletir que sempre vale a pena lutar, sejam quais forem as dificuldades e limitações.

Por isso nós sentimos muito orgulho dele. Gandhi nunca se deprimiu. Continuou feliz, correndo, ficando em pé quando quer bolo (ele adora bolo inglês) ou algum petisco. Acredito que, como nós, os animais têm personalidade própria e diferenciada e aprendem a reagir às dificuldades da vida. Gandhi é um exemplo disso.

Hoje, com seus 13 anos, aproximadamente, continua muito dengoso; só come se pusermos a comida nas mãos e levarmos até seu focinho, caso contrário fica o dia todo sem comer. Adora um chamego e faz aquela cara de "coitadinho" quando quer subir no colo.

Gandhi não entrou por acaso em nossas vidas. Graças a ele, passei a fazer parte do Grupo Fauna, bem como meus filhos, e a defender os animais abandonados e vítimas de maus-tratos. Comecei a trabalhar também conscientizando as pessoas a respeitar e amar os animais.

Vilmarise S. Pessoa

domingo, 29 de agosto de 2010

10 Pedidos de um Cão


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sábado, 21 de agosto de 2010

Que tipo de donos somos nós?


Geralmente, quando uma pessoa decide ter um animal de estimação, está pensando apenas em si ou em sua família. Raramente são levadas em consideração as características do animal, suas necessidades e carências. É importante lembrar que o animal é um ser vivo que tem individualidade, sente e reage segundo as atitudes de seus donos, por quem se afeiçoa.


DONO NERVOSO, CÃO NEURÓTICO


Indefesos, muitos bichos sofrem, sem reclamar, maus tratos de todos os tipos, sendo encarados por muita gente como objetos de uma certa utilidade, e que podem ser desprezados quando não são necessários ou no atendem às expectativas.

Segundo o criador paulista Nelo Pedra, existem pessoas que procuram ter um animal moldado à sua imagem e semelhança. Quase nunca estão conscientes disso, mas esse tipo de dono age assim: quem no fundo não se acha lá muito bonito tende a escolher a companhia de animais franzinos e carentes. Quem se acha lindo procura um animal vistoso e elegante. E tendem a contrariar a natureza, moldando o bichinho.

Quem é muito vaidosa costuma levar o cachorrinho frequentemente aos salões de beleza. É uma vida cheia de xampus, cortes de pêlo e escovas que acabam se transformando em sessões de tortura.

Mas, ainda segundo Nelo Pedra, existem também as pessoas que procuram, nos animais, o seu contrário, esperando que sejam tudo aquilo que não conseguem seres humanos. Estas, da mesma maneira, tratam o bicho como uma extensão de si, desrespeitando sua personalidade.

“Pessoas frágeis, medrosas, às vezes procuram cães de guarda, geralmente muito grandes, que chamam a atenção pela bravura”, afirma Nelo. São mulheres magras que compram cães gordos, ou as nervosas que preferem animais pequenos, para descarregar neles sua insegurança e ansiedade.

DONA DOENTE? REMÉDIO NO GATINHO!

Outro erro comum é buscar nos animais o sobrenome famoso que não se tem. Nelo Pedra reconhece que ‘muita gente compra cães com pedigree numa tentativa de conseguir aceitação social, parecer gente fina’’.

É bom lembrar ainda as pessoas solitárias, que deixam por conta de poodles ou yorkshires a alegria de suas vidas. Esses cães são muito brincalhões e carinhosos, mas, quando a pessoa descobre que na verdade um cachorro não resolve problemas íntimos, acaba muitas vezes desprezando- o.

Tem também o dono com mania de doença (o chamado hipocondríaco) . Ele costuma entupir seus bichinhos de remédios (invariavelmente sem receita do veterinário), simplesmente por achar que o animal sofre de doenças na verdade inexistentes.

Mais cruéis são as pessoas que querem que o seu cachorro tenha um crescimento acelerado, fazendo o coitado ingerir anabolizantes.

Também merecem urna bronca as donas muito comilonas, que deixam seus bichos engordar demais, favorecendo problemas cardíacos, de pele, enfraquecimento dos dentes e morte precoce.

Se você vestiu a carapuça e se identificou com algum desses tipos humanos descritos aqui, não se martirize, mas preste atenção ao seu comportamento e procure dar ao seu bicho o respeito que ele merece.
Daniela Oliveira
Consultoria: Nelo Pedra (já falecido)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cães e gatos poderão ser castrados, em vez de mortos, ao serem capturados

Uma política de controle de natalidade de cães e gatos para substituir a prática atual de matá-los quando capturados (mesmo que sejam saudáveis), é o que pretende criar o projeto de lei da Câmara 4/05, em tramitação no Congresso. A proposição tem objetivo de, além de evitar o sacrifício, estimular a posse responsável dos bichos, e é o tema da enquete do mês de agosto da Agência Senado.

O texto cria um programa de esterilização para controlar o crescimento desordenado da população canina e felina em todo o território nacional, com o emprego de métodos de castração cirúrgica, que é permanente, ou qualquer outro disponível e eficiente do mesmo modo, segundo a versão do projeto aprovada no Plenário do Senado. Por essa modificação, ele precisou ser enviado para reavaliação da Câmara.

Atualmente, o controle populacional de cachorros e gatos é feito com a captura e a chamada eutanásia de animais errantes, apanhados pela popular "carrocinha", segundo regras da Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda de 1973, já em desuso na maior parte do mundo.

O autor da proposta, deputado Affonso Camargo (PSDB-PR) afirmou que a própria OMS já reconheceu o sacrifício como um método caro e ineficaz para controlar a superpopulação e a propagação do vírus da raiva e de outras zoonoses - doenças transmitidas por animais. Ele lembrou-se do surto de leishmaniose que afetou cachorros recentemente em Brasília.

O programa de esterilização a ser criado com a aprovação do PLC 4/05 também prevê a realização de campanhas educativas para propiciar a assimilação, pelos cidadãos, de noções de ética sobre a posse responsável de animais domésticos. Essas campanhas, além de mostrar que é desumano e perigoso abandonar os bichos, devem também incentivar a adoção, trabalho que já vem sendo feito, ainda de forma incipiente e sem o devido alcance, por associações protetoras dos animais, principalmente nas grandes cidades do Brasil.

Para o deputado Affonso Camargo, as campanhas de adoção, com ampla divulgação pela mídia, são essenciais para evitar que, após castrados, os cães e gatos fiquem confinados nos canis do governo. Por isso, aposta nas parcerias com entidades protetoras de animais e organizações não-governamentais para estimular e viabilizar a adoção. Ele citou, como exemplo de sucesso, lei municipal semelhante já em vigor na cidade de Curitiba (PR). Lá, acrescentou, esses institutos são bem atuantes e o número de pessoas que adotam animais é elevado.

Recursos

De acordo com o texto em tramitação, a esterilização dos bichos ficará a cargo das unidades de controle de zoonoses de cada cidade ou município, que atualmente já os captura e sacrifica. Ou seja, os Centros de Controle de Zoonoses (CCZs) precisariam ser equipados para a realização de cirurgias, já que outro método, como a castração química, não é viável em gatos, por exemplo.

Os recursos para implantar o programa serão provenientes da seguridade social da União (que tem arrecadação de impostos específicos, direcionada para saúde e previdência), pois o controle de zoonoses é um serviço de saúde pública, e serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.

Affonso Camargo lembrou ainda que, nas cidades que não contam com um centro de controle, o projeto prevê a possibilidade de se firmar parcerias com universidades e faculdades de veterinária e até mesmo com clínicas veterinárias que dispõem dos meios necessários. Ele sugeriu ainda que, para atender municípios muito pequenos sem um CCZ, seja escolhida uma cidade pólo para receber um deles, equipado para a realização do procedimento.

Pelo projeto, é necessário estudo das localidades, com o levantamento do quantitativo de animais a ser esterilizados ou que aponte para a necessidade de atendimento prioritário ou emergencial, seja por causa da superpopulação ou por quadro epidemiológico. Isso balizaria também a distribuição de recursos. A lei a ser aprovada prevê ainda tratamento prioritário aos animais pertencentes ou localizados nas comunidades de baixa renda.

Zoonoses

Para o gerente de controle de zoonoses de Brasília, o médico veterinário Rodrigo Menna Barreto Rodrigues, a política de controle de natalidade é possível, mas difícil de ser colocada em prática. O custo para equipar os CCZs será elevado, ressalta.

Para aplicar a lei, caso o PLC 4/05 seja aprovado, será necessário preparar uma estrutura física para realizar a cirurgia; outra de pós-operatório, para aplicar medicação, deixar os bichos em observação e fazer curativas; e um lugar adequado para manter os bichos que já se recuperaram da cirurgia. Além disso, são necessários insumos, medicamentos e pessoal treinado, tanto para operar quanto para ajudar os cães e gatos operados a convalescer.

- Mas é importante lembrar que o foco dos centros de controle de zoonoses é a preservação à saúde humana, e não a assistência à saúde animal - salientou.

Outros pontos que virão a se tornar prática, caso o projeto seja aprovado, precisam ser considerados, como o fato de, costumeiramente, apenas os filhotes serem procurados para adoção. O veterinário questionou, por exemplo, como ficará a situação dos animais de idade, saudáveis e castrados, que não forem adotados, pois mantê-los é caro, assim como é elevado o custo cirúrgico da esterilização e a própria recuperação clínica. A destinação de recursos precisará ser elevada.

Outro ponto polêmico, para Rodrigo, é a perda que as clínicas veterinárias terão com as castrações sendo feitas pelo governo, já que perderão receita com a diminuição da demanda. Ele lembrou ainda que o projeto não evitará a eutanásia de alguns animais que oferecem risco para a saúde ou que sejam portadores de raiva, leishmaniose e outras zoonoses.

Hoje, cães e gatos capturados nas ruas ficam à disposição de seus donos por três dias úteis, e para recuperá-los, é necessário pagar uma multa de R$ 9. Depois disso, seguem para sacrifício ou adoção. Os violentos, doentes ou que atacaram alguma pessoa, passam 10 dias em observação para, no período, eliminar a possibilidade de desenvolver raiva e depois são devolvidos aos donos ou sacrificados. Cães e gatos não permanecem muito tempo no CCZ porque o espaço é inadequado para mantê-los. Os bichos são mortos por um coquetel de medicamentos que causa parada cardiorrespiratória.

Proteção

As entidades de proteção aos animais comemoraram a possibilidade de o programa de esterilização, e principalmente, de incentivo à prática de guarda responsável, se tornarem políticas de governo. Para os integrantes da ProAnima de Brasília, é o poder público que tem os instrumentos, recursos, competência e o alcance ideal para implantar uma política de controle populacional.

O diretor geral da instituição, Erick Brockes e a médica veterinária Renata Guina frisaram que o sacrifício de animais, além de cruel, já mostrou não resolver o problema da superpopulação, e só a educação para a guarda responsável, a execução das leis e a esterilização são o caminho para resolver o problema da superpopulação e, consequentemente, do abandono de animais. Eles alertaram ainda para a falta de estudos aprofundados para avaliar os efeitos colaterais da castração química, como o risco de desenvolvimento de câncer.

Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado

Ler mais:

Veterinário defende método químico de castração

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eles me salvaram!

Por Celso Borges

Meu nome é Barbudo, mas pelas ruas me chamam de “passa-cachorro”, consequência da minha linhagem especial: pelo espetado, amarelado e duro. Meus adotados, de Uberaba (MG), me deixaram ver a Revista Seleções, em maio de 2010. Na página 155, eu delirei ao ver a foto de um possível irmão: Bilbo José. Meu pai era um cachorro, que andou pelas bandas de Sorocaba com todas as cadelas que levantaram a saia. Incrível coincidência! O Bilbo é a minha cara, e minha história lembra a dele e é bastante triste.

Eu, já fraquinho e desnutrido, fui atropelado. O motorista não me socorreu. Arrastando-me e sangrando muito, invadi a casa de desconhecidos e fui para os fundos esperar a dolorosa morte. Com medo, envergonhado, com febre e fome. Para minha sorte, fui localizado. Achei que seria expulso a vassouradas, mas me deram um lanchinho e me levaram a uma faculdade de Zootecnia. Para meu pavor, a “médica” ameaçou me sacrificar com uma enorme agulha de veneno se não me levassem embora, porque meus anjos-da-guarda estavam sem dinheiro no momento. Enquanto eu chorava de dor, sem socorro da médica, meus novos amigos foram correndo buscar cheques para garantir minha frágil vida. Mais pavor: depois de paga, a médica queria amputar minha patinha. Meus novos donos rosnaram e não deixaram. Ufa!

Eu estava com fratura exposta na pata dianteira, todo moído, sem parte do couro cabeludo, com o osso da cabeça à mostra e afundado. De tanto sofrer nas ruas, não contava com socorro. Nós morremos à míngua em todas as cidades, às vezes sacrificados, porque somos relativamente feios e poucos nos adotam. Por desamor, os motoristas não reduzem a velocidade ao nos ver, ignoram o quanto somos inteligentes, amáveis e gratos. Não entendo porque, quando o homem briga, chama o outro de “cachorro”. Em nossas brigas, nunca chamamos o cachorro inimigo de “homem”, seria muito ofensivo.

De tão chateados após meu sofrimento com a médica, meus donos, advogados, soltaram os cachorros, procuram a polícia e até um promotor de justiça, que tomou providências para que esse tipo de comportamento fosse eliminado. Mesmo com animais, a lei proíbe exigência de garantia prévia. Meus salvadores, Celso Borges e Maluzinha, gastaram três meses me fazendo curativos e me levando a veterinários. Eu detestei os mais de cinquenta pontos, as injeções e um cone horrível no pescoço. Dava-me a maior agonia canina não conseguir coçar as fieis pulgas e lamber os ferimentos.

Fiquei novo, meio careca – como o meu dono! –, e com uma pata dura que me dificulta escrever, desculpem-me pela letra. Já curado, não aguentei. Estava em longo recesso reprodutivo e, embora advertido diversas vezes, fugi. Que delícia! Fui para uma farra com belas gatas – ou melhor, cadelas – e perdi o caminho de volta. Nunca mais vi meus adotados. Sempre choro à noite, quando a saudade bate, ou quando ouço barulho de foguetes. Tive notícias de que me procuraram muito. Até ouvi na rádio a oferta de recompensa... Ninguém me ajudou a voltar. Ficaria muito feliz se algum bom coração me levasse para casa, onde nasci novamente e fui respeitado como uma criatura de Deus.

Publicado na Revista Seleções
A S D A N - Associação Sandumonense em Defesa dos Animais
C.N.P.J.: 06.131.060/0001-20
Lei Municipal de Utilidade Pública nº 3.578/04
e-mail: asdansd@asdansd.org